segunda-feira, 16 de novembro de 2009

“Megafauna Mamífera em Vitória da Conquista, Bahia.”

Por Mário André Trindade Dantas1 & Maria Angélica de Lima Tasso2

1 - Centro da Terra, Grupo Espeleológico de Sergipe, Rua U, 42, Recanto do Bosque, 49045-070 Aracaju, Sergipe
2 - Laboratório de Geologia/DCN, Universidade Estatual do Sudoeste Bahia, 45083-900, Vitória da Conquista, Bahia

Referência: DANTAS, Mário André Trindade; TASSO, Maria Angélica de Lima. “Megafauna do Pleistoceno final de Vitória da Conquista, Bahia: taxonomia e aspectos tafonômicos.” Sergipe (Aracaju): Associação Sergipana de Ciência, Scientia Plena (r), v. 3, n. 3, p. 92-97, 2007.

Resumo:
"Nos últimos anos diversos trabalhos trataram da descoberta de fósseis de mamíferos gigantes do Pleistoceno em Cavernas da Bahia, mas os principais registros sobre a ocorrência em tanques foram relatados por Carlos de Paula Couto na década de 50. No presente trabalho foram descritas a ocorrência dos taxa: Proboscidea (Gomphotheriidae Stegomastodon waringi); Notoungulata (Toxodontidae Toxodontinae); e Tardigrada (Megatheriidae Eremotherium laurillardi) em um tanque na Fazenda Suse II (coordenadas 14°46’13” S e 40°55’37” W), município de Vitória da Conquista, Bahia. Além da identificação taxonômica alguns aspectos tafonômicos foram observados. Do ponto de vista Bioestratinômico os elementos preservados sugerem pouco transporte destes elementos até o tanque, e em termos fossildiagenéticos verificou-se que ocorreu permineralização e mistura temporal neste tanque."
Palavras-chave: mamíferos gigantes, Pleistoceno final, Vitória da Conquista, Bahia, tafonomia.
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Foram encontrados, neste trabalho, em Vitória da Conquista, fósseis que foram reconhecidos. Os primeiros deles foram reconhecidos como pertencentes ao gênero Toxodon, só não se conseguiu chegar à conclusão sobre qual espécie seria, se Toxodon platensis ou Toxodon lopesi, sendo necessariamente classificado como Toxodontinae.
Outros fósseis foram relacionados a um mastodonte, o qual, considerando a distribuição geográfica das espécies no Brasil concluiu-se serem da espécie Stegomastodon waringi.

Os demais fósseis se relacionam ao gênero de preguiça terrícola gigante Eremotherium laurillardi, tratando-se de fragmentos ósseos pertencentes às falanges e fêmur. Encontraram-se ainda dentes de Xenorhinotherium bahiense.
A análise dos fósseis mostra que eles não foram transportados a grande distância, sendo evocado que tais seres habitavam o em-torno da cacimba.

A datação de dois dentes de Stegomastodon conduziram a 26 mil e 15 mil anos, cada um. A datação de um dente de) e um de Xenorhinotherium bahiense chegou a 32 mil anos.

5. CONCLUSÕES
“Com os resultados colhidos neste trabalho fica evidente que os fósseis da megafauna do Pleistoceno, encontrados em tanques do Nordeste brasileiro, pelo menos em algumas situações paleogeográficas, sofreram pouco transporte até estes jazigos.
Infere-se também que ocorreu mais de um evento de enxurrada no tanque investigado. Este fato, aliado as datações realizadas em outros tanques, indica que nestes jazigos ocorrem mistura temporal.
Novas coletas serão realizadas no tanque da Fazenda Suse II, que terá como objetivos ampliar o numero de táxons descritos para o município de Vitória da Conquista, além da realização de uma cuidadosa coleta de dados, que resultará na ampliação do conhecimento acerca dos processos tafonômicos que ocorreram neste tanque.”
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Para baixar este trabalho integralmente:
http://www.4shared.com/file/156721418/271e9a1f/Dantas_Tasso_Megafauna_Vitoria_da_Conquista.html
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