segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Terremotos baianos relatados por Theodoro Sampaio

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"Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)"
por Filipe Monteiro - Revista de História da Biblioteca Nacional.
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"Geógrafo e historiador, Teodoro Sampaio também é considerado um dos maiores engenheiros do século XIX. Filho da escrava Domingas da Paixão do Carmo, conseguiu estudar em bons colégios no Rio de Janeiro e São Paulo, sobretudo pela influência do pai, o sacerdote Manuel Fernandes Sampaio, que, além de comprar a alforria de Domingas, cuidou para que o filho tivesse uma boa educação.
Ingressou em 1871 na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde se formaria engenheiro civil. Durante os estudos universitários, foi convidado a trabalhar como desenhista no Museu Nacional. Formou-se em 1877 e dois anos depois já integrava a “Comissão Hidráulica”, criada por D. Pedro II para realizar estudos sobre os portos e a navegação no interior do país. Convidado para ser o engenheiro chefe da Comissão de Desobstrução do Rio São Francisco, deixa o cargo para trabalhar com o geólogo Orville Derby, nos trabalhos de levantamento geológico do Estado de São Paulo (1886). Entre 1892 e 1903 exerceu as funções de diretor e engenheiro-chefe do Saneamento do Estado de São Paulo e inspetor da empresa canadense The São Paulo Tramway Light and Power Company.
Como respeitado intelectual foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo em 1894; membro do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, que presidiu em 1922 e sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1902). Além dos trabalhos de cunho técnico, foi autor de trabalhos de geografia, escritos econômicos, sociológicos e, principalmente, históricos.
Entre seus livros e artigos estão: O rio São Francisco e a chapada Diamantina (1906), O tupi na geografia nacional (1901), Atlas dos Estados Unidos do Brasil (1908), Dicionário histórico, geográfico e etnográfico do Brasil (1922), História da Fundação da Cidade do Salvador, Os kraôs do Rio Preto no Estado da Bahia, com um vocabulário e uma carta etnográfica, e Contribuição para a história da catequese e civilização dos índios do Brasil."
Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=1470
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Terremotos anotados por Teodoro Sampaio:
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Terremotos em Santo Amaro, em 1917 e 1918:
- 22 de dezembro de 1917
- 12 de janeiro de 1918, às 8 horas
- 04 de março de 1918
- 22 de março de 1918, à 0 hora
- 22 de março de 1918, às 12 horas
- 27 de março de 1918
- 29 de março de 1918
- 14 de abril de 1918, às 4 horas
- 14 de abril de 1918, às 5 horas
- 19 de abril de 1918

3.2
- Terremoto – 07 de novembro de 1918
- Epicentro provável: Pojuca
- Sentido em Salvador
- Hora: 21 a 22 horas – Salvador
- estimado: 4,5 graus richter
- sentido em Salvador, Feira de Santana, Cachoeira, Amargosa, Curralinho, Nazaré, Valença, Alagoinhas, Serra Grande
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Evento 1911
- Baía de todos os Santos liberando gases na água. parecia efervecente.
- Registro de peixes saltando.
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- Salvador
- 1876
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- Terremotos em Salvador - 1919
- 09 de novembro de 1919 – sentido em tb em Nazaré
- 10 de novembro de 1919
- 13 de novembro de 1919 – Santo Amaro
- 19 de novembro de 1919
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- SAMPAIO, Theodoro. Salvador (Bahia): Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (r), p.210-222, junho de 1918.
- SAMPAIO, Theodoro. “Tremores de terra na Bahia, em 1919” Salvador (Bahia): Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (r), p.210-222, 1920.

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Terremotos em Umburanas


Fonte da imagem: www.apolo11.com/terremotos.php
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14/06/2010 às 17:50
Terremoto – Umburanas - Bahia
“Tremor de terra assusta moradores em Umburanas”
“Um tremor de terra no município de Umburanas, localizada na Chapada Diamantina, na Bahia, assustou os moradores na madrugada desta segunda-feira, 14. Ninguém ficou ferido, mas o abalo provocou rachaduras nas paredes e em forros de gesso das residências.
O assessor de comunicação da prefeitura da cidade, Anastácio da Silva, disse que ouviu um barulho em sua casa por volta das 3h e chamou a polícia, pensando se tratar de um possível arrombamento à sua casa. Quando os policiais chegaram, constataram que não havia ninguém, e um segundo abalo aconteceu. "Pecebemos que era um terremoto no segundo estrondo. Parecia um som de explosão e a terra estremeceu", contou Anastácio.
Anastácio afirmou também que moradores da cidade se assustaram com o tremor, mas que ninguém ficou ferido. "Ninguém se machucou, apenas as paredes de algumas residências racharam. Nunca tivemos um abalo antes", comentou.
A prefeitura entrou em contato com técnicos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), mas não houve a confirmação se realmente a terra tremeu em Umburanas. De acordo com o assessor de comunicação, outro contato será feito com a universidade para saber se foi registrado o abalo, apesar de um técnico da UFRN ter afirmado que as características do ocorrido são de um terremoto."
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Registro de correpondência no site do Jornal “A Tarde”
De Joice (15/06/2010 - 22:28)
“Na cidade de Quixabeira, proxima a cidade de Jacobina, também foi sentido abalos em várias residências, deixando rachaduras em paredes e forros de gesso, no mesmo dia e horário.”
Fonte: “A TARDE On Line”
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=3598949
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Fonte da fotografia: http://www.noticialivre.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1145:umburanas-suposto-terremoto-assusta-moradores&catid=39:noticia-livre&Itemid=56
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"Bahia: Tremor de terra assusta moradores do município de Umburanas

16.06.2010 - Moradores do município de Umburanas, na região Centro Norte do estado, acordaram assustados durante a madrugada desta segunda (14). Eles sentiram pequenos tremores de terra e viram os abalos provocarem rachaduras em casas da cidade e da zona rural.
Segundo o assessor da prefeitura do município, Anastácio Silva, o tremor começou por volta das 3h da madrugada. "Ainda não foi 100% comprovado, porque nenhum técnico veio fazer análise. Mas várias residências racharam, não só da sede da cidade, mas nos povoados também. Os abalos foram sentidos em lugares distantes até 20km da sede”, diz o assessor.
O laboratório sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte não registrou o abalo, mas de acordo com técnicos do departamento, ainda que os moradores tenham sentido, o registro não foi feito em função da distância entre as estações de sismologia e o município baiano.
Tremores de terra não têm sido raros no interior da Bahia. Em março, a terra tremeu em Matuípe, Jiquiriçá e Apuarema. Assim como em Umburanas, ninguém ficou ferido. Os prejuízos foram apenas materiais.

Fonte: Correio da Bahia"
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"Tremor provoca rachaduras em casas na BA, dizem moradores"
14 de junho de 2010 • 16h41 • atualizado às 16h58

O município de Umburanas, na região centro norte da Bahia, foi atingido por tremores de terra na madrugada desta segunda-feira, segundo relato de moradores. Apesar de não deixarem feridos, os abalos provocaram rachaduras em casas da cidade e da zona rural do município.
Segundo moradores, a terra tremeu por volta das 3h da madrugada. De acordo com Anastácio Silva, assessor da prefeitura da cidade, o tremor não foi 100% comprovado "porque nenhum técnico veio fazer análise. Mas várias residências racharam, não só da sede da cidade, mas nos povoados também".
Relatos locais indicam que os abalos foram sentidos em lugares distantes até 20 km da sede do município. O laboratório sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, responsável pelo rastreamento na região, não registrou os tremores - mas, de acordo com técnicos do departamento, não houve registro em função da distância entre as estações de sismologia e o município baiano.
Ao longo deste primeiro semestre de 2010, tremores de terra têm sido frequentes no interior da Bahia. Em março, as cidades de Matuípe, Jiquiriçá e Apuarema sentiram abalos. Nos três municípios, assim como em Umburanas, ninguém ficou ferido.
Fonte: Agência A Tarde
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4494218-EI8139,00-Tremor+provoca+rachaduras+em+casas+na+BA+dizem+moradores.html

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Para conhecer a listagem geral dos terremotos anotados na Bahia:
http://museugeologicodabahia.blogspot.com/2011/01/terremotos-anotados-na-bahia.html
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Terremotos em João Dourado

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1 - Terremoto: 25 de outubro de 2007
Epicentro: João Dourado
"Terremoto de João Dourado pode ter obstruído parte da Gruta dos Brejões”
A gigantesca e monumental Gruta dos Brejões que o naturalista padre Camilo Torrend classificou como "uma das maravilhas do mundo" pode ter sido parcialmente danificada pelo terremoto que ocorreu recentemente em João Dourado.
Uma informante contou que estava em sua roça nas proximidades da Gruta dos Brejões, quando começou o terremoto. Ela conta que perdeu o controle de si e gritou desesperada pela me que estava um pouco mais distante:
"Mãe, a terra está tremendo! Socorro, mãe!". "A terra está tremendo!"
Então ouviu um barulho gigantesco no local onde se encontra a Gruta dos Brejões.
Percebeu então que uma parte do teto se despencou no meio da gruta, provavelmente obstruindo alguns trechos.
É realmente lamentável se houve algum dano a Gruta dos Brejões, pois trata-se de um patrimônio turístico pertencente a três municípios: João Dourado, São Gabriel e Morro do Chapéu, ficando distante 90 km da sede daquela cidade. A gruta conhecida no mundo inteiro.
Tive o privilégio de atravessá-la, durante três horas, admirando suas estalagmites e estalagtites, entre tantas formações rochosas no ambiente. Ali, segundo registros, foi encontrado pedaços de madeira cujo exame de laboratório revelou que se existe no Líbano e que tinham quase 2.500 anos.
É uma pena que os prefeitos dos três municípios no saibam como explorá-la, gerando renda através do turismo."
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2 - Terremotos: 25 e 26 de outubro de 2007
Epicentro: João Dourado
Terremoto em João Dourado - Bahia – Brasil
Um terremoto aconteceu em João Dourado, Bahia - Brasil, no território de Irecé, no dia 25 de outubro, sexta-feira, s 20h e 30min. Foram 4 segundos apenas, mas o suficiente para causar pânico a milhares de pessoas nos povoados de Riacho, Floresta e Mata do Milho.
Inicialmente os moradores de Riacho ouviram um estrondo, mas associaram com a explosão de uma bomba tipo as que são usadas nos festejos juninos. Logo depois os telefones começaram a tocar. Eram pessoas de outras localidades, comentando que ouviram uma forte explosão de bomba e que o chão tremeu, rachando paredes e forro de casas.
No dia seguinte, quando o pesadelo parecia ter chegado ao fim, mais uma vez a terra tremeu, durante cerca de pouco mais de 1 segundo, s 9 horas da manhã.
Há quem tente arranjar uma explicação para o acontecimento. Há um rio subterrâneo no território de Irecé e a água muito usada para irrigação. Por conta disso, acaba gerando lacunas e o conseqüente deslocamento das placas.
Este acontecimento, inédito na Bahia, foi tema das conversas dos feirantes de várias localidades que comparecem aos sábados, na feira de João Dourado. E os moradores que até hoje estão bastante preocupados, apelam para que o Governo do Estado e profissionais de Universidades venham pesquisar o acontecimento e arranjar uma explicação lógica.
Afinal, terremoto ou tremor de terras no Brasil coisa rara.
Fonte:
http://tremordeterra.blogspot.com/2007_11_01_archive.html
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Para conhecer a lista de todos os terremotos registrados na Bahia:
http://museugeologicodabahia.blogspot.com/2011/01/terremotos-anotados-na-bahia.html
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Terremotos em Mutuípe

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- TERREMOTO 1

Fonte dos dados: Observatório Sismológico da Universidade de Brasília
http://www.obsis.unb.br

Equipe responsável pelo Boletim Sísmico Brasileiro (Sisbra)
* Analista Senior: Diogo Farrapo Albuquerque
* Mapas: Kate Tomé de Sousa
* Coordenação Geral: Prof. Lucas Vieira Barros
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- Terremoto - 01 de junho de 2010
- Epicentro: Mutuípe
Hora (JAN7): 06:58:47,25 (UTC);
Epicentro: Mutuípe (BA);
± 37 Km de Santo Antônio de Jesus (BA);
± 95 Km de Jequié (BA);
± 109 Km de Salvador (BA);
± 117 Km de Feira de Santana (BA);
Localização: Lat. -13,20°, Lat. -39,50° (Erro: ± 0,09°);
Magnitude: 3,2 mD.
Observação: A localização epicentral foi realizada baseando-se em informações macrossísmicas.
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Uma pequena nota no "ATarde online":
Tremor volta a atingir Mutuípe e assusta moradores
“Um abalo sísmico atingiu a cidade de Mutuípe (a 241km de Salvador) por volta das 3h30 da manhã desta quinta-feira, 27. Só neste ano foram quatro tremores de terra na região em dois meses. O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que monitora toda a região Nordeste, ainda não possui informações detalhadas sobre o tremor.
Apesar de não ter sido registrado estrago na cidade por conta do abalo, moradores relataram que o barulho foi mais forte em relação aos outros tremores. Eles disseram ainda que portas, janelas, telhados e sofás tremeram no momento do abalo.
Na Maternindade Clélia Rebouças, macas e armários com medicamentos balançaram, mas não houve danos maiores à unidade hospitalar.
Fonte Cristina Santos Pitta - 27/05/2010 às 16:30 - com redação de Michele Mendes do A TARDE On Line.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=2519553
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- TERREMOTO 2


"Terremoto na Bahia: Dois graus na escala Richter"
Segundo Joaquim Mendes Ferreira, coordenador do laboratório, a magnitude do tremor foi de dois graus na escala Richter.
17/03/2010 - 17:08 - Terra

O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) registrou a ocorrência de tremores de terra nos municípios baianos de Mutuípe e Jequiriçá, a 200 km de Salvador, na tarde de terça-feira.
Segundo Joaquim Mendes Ferreira, coordenador do laboratório, a magnitude do tremor foi de dois graus na escala Richter, mas sem consequências. O especialista disse que está fazendo levantamento sobre os abalos que têm ocorrido na região.
Os maiores níveis de atividade sísmica do País são encontrados na região Nordeste, principalmente no Ceará e em Pernambuco, segundo o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP.

Fonte: http://www.clicapiaui.com/geral/1537/terremoto-na-bahia-dois-graus-na-escala-richter.html
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"Tremor de terra assusta dois municípios no interior da Bahia"
O Globo - Plantão
Publicada em 17/03/2010, às 11h50m

SALVADOR - Os moradores dos municípios de Mutuípe e Jiquiriçá, na Bahia, passaram a noite apreensivos depois que a terra tremeu nesta terça-feira. Segundo o laboratório sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o abalo não passou de 2 pontos na Escala Richter, um nível que não causou danos, nem deixou feridos. O tremor de terra ocorreu por volta 13h30m e assustou principalmente porque nunca aconteceu na região.
O laboratório sismológico do Rio Grande do Norte vai fazer um estudo mais detalhado sobre as causas dos tremores registrados. Isso é importante porque tremores de terra sempre preocupam e eles não têm sido tão raros assim na Bahia. No último dia 1º, moradores do município de Apuarema, na região sudoeste, também sentiram a terra tremer. O município enfrentou ainda um vendaval e 18 casas desabaram.
Na semana passada, sucessivos tremores - passaram de 40 - ocorreram na cidade de Alagoinha, no Agreste de Pernambuco. O de maior intensidade chegou a 3,2 pontos na escala Richter. De acordo com o Departamento Sismológico, os tremores começaram no dia 3 de março. Alagoinha tem 15 mil habitantes.
Os prejuízos foram materiais e casas apresentam rachaduras. De acordo com o Departamento de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Alagoinha foi a quarta cidade de Pernambuco a registrar tremores de terra. Caruaru, Belo Jardim e São Caetano já apresentaram tremores diversas vezes. O maior abalo sísmico já registrado na área aconteceu em Caruaru, em 20 de maio de 2006, e atingiu 4. Três estações sismológicas são monitoradas pela UFRN na região, em Caruaru, Sanharó e Gravatá.

Fonte: http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/03/17/tremor-de-terra-assusta-dois-municipios-no-interior-da-bahia-916087924.asp
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- TERREMOTO 3

"Tremor de terra atinge Mutuípe"
Ninguém ficou ferido durante o abalo sísmico, que ocorreu durante madrugada.
Redação Correio da Bahia

"Um abalo sísmico de dimensões ainda não conhecidas atingiu a cidade de Mutuípe, a 241 km de Salvador, na madrugada desta quinta-feira (27). O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que monitora o Nordeste, não chegou a registrar o tremor. As informações são da TV Subaé.
Ninguém ficou ferido e não houve estragos. Mesmo assim, o barulho assustou os moradores, assim como o tremor de móveis e telhados. Este é o quarto tremor de terra registrado na região em 2010.
Segundo o Laboratório Sismológico, os tremores na região do Recôncavo ficaram mais raros no século XX e são geralmente muito rasos, não tendo mais do que 5 km de profundidade."

Fonte:
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/tremor-de-terra-atinge-mutuipe/

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TERREMOTO 4
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"Terra volta a tremer em Mutuípe deixando população assustada"
31/05/2010 às 10:07
Cristina Santos Pita | Sucursal de Santo Antônio de Jesus*

A terra voltou a tremer no município de Mutuípe, no interior da Bahia, na noite deste domingo, 30, por volta de 23h. De acordo com moradores da cidade, esse foi o mais forte dos cinco tremores percebidos nos últimos dias na localidade. Apesar da frequência, não há registro formal dos tremores em laboratórios sismológicos.
O locutor de uma emissora de rádio no bairro Alto das Cajazeiras, um dos mais afetados neste domingo, Fabrício Lopes, disse que sentiu a terra tremer e em seguida ouviu um estrondo. Populares contam que a sensação é de uma explosão acontecendo embaixo da terra.
Na zona rural de Mutuípe, em Piabanha, moradores disseram que as portas de algumas casas abriram sozinhas com o tremor. A população está temerosa com a frequência do fenômeno e pela falta de explicações para o que está acontecendo.
Na ocorrência anterior, na madrugada de quarta, 26, a reportagem de A TARDE entrou em contato com funcionários do laboratório sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que afirmaram que o tremor não foi registrado pelos equipamentos, apesar de terem sido informados da ocorrência.
*Com redação de Paula Pitta

Fonte: A TARDE On Line
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=2663843
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Para conhecer a lista de todos os terremotos registrados na Bahia:
http://museugeologicodabahia.blogspot.com/2011/01/terremotos-anotados-na-bahia.html
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Terremotos em Correntina

Fonte dos dados: Observatório Sismológico da Universidade de Brasília
http://www.obsis.unb.br

Equipe responsável pelo Boletim Sísmico Brasileiro (Sisbra)
* Analista Senior: Diogo Farrapo Albuquerque
* Mapas: Kate Tomé de Sousa
* Coordenação Geral: Prof. Lucas Vieira Barros
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1-1
- Terremoto - 31 de janeiro de 2009
- Epicentro: Correntina – Coribe – Jaborandi
Hora de origem: 02:50:58,55 (UTC) (LocSat Program - Geotool)
Hora (JAN7): 02:51:23,74 (UTC)
Hora (CAN3): 02:51:53,51 (UTC)
Hora (BDFB/BRA7): 02:51:56,29 (UTC)
Epicentro:
+/- 30 km de Jaborandi (BA)
+/- 35 km de Coribe (BA)
+/- 45 km de Correntina (BA)
Localização: Lat.: -13.726º - Long.: -44.739º (erro: +/- 30 km) - Prof.: 11 km (LocSat Program)
S-P (JAN7): S-P: 19,1 seg. - Dist.: 161 km
S-P (CAN3): S-P: 41,9 seg. - Dist.: 403 km
S-P (BDFB/BRA7): S-P: 43,0 seg. - Dist.: 415 km
Vp (JAN7): 0,440 um/seg. - Mag.: 2,4 mR
Vp (BRA7): 0,126 um/seg. - Mag.: 2,8 mR
Magnitude Média: 2,6 mR
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Para conhecer a lista de todos os terremotos registrados na Bahia:
http://museugeologicodabahia.blogspot.com/2011/01/terremotos-anotados-na-bahia.html
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“Terremotos na Bahia anotados pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília”

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Fonte dos dados: Observatório Sismológico da Universidade de Brasília
http://www.obsis.unb.br

Equipe responsável pelo Boletim Sísmico Brasileiro (Sisbra)
* Analista Senior: Diogo Farrapo Albuquerque
* Mapas: Kate Tomé de Sousa
* Coordenação Geral: Prof. Lucas Vieira Barros
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1-1
- Terremoto - 31 de janeiro de 2009
- Epicentro: Correntina – Coribe – Jaborandi
Hora de origem: 02:50:58,55 (UTC) (LocSat Program - Geotool)
Hora (JAN7): 02:51:23,74 (UTC)
Hora (CAN3): 02:51:53,51 (UTC)
Hora (BDFB/BRA7): 02:51:56,29 (UTC)
Epicentro:
+/- 30 km de Jaborandi (BA)
+/- 35 km de Coribe (BA)
+/- 45 km de Correntina (BA)
Localização: Lat.: -13.726º - Long.: -44.739º (erro: +/- 30 km) - Prof.: 11 km (LocSat Program)
S-P (JAN7): S-P: 19,1 seg. - Dist.: 161 km
S-P (CAN3): S-P: 41,9 seg. - Dist.: 403 km
S-P (BDFB/BRA7): S-P: 43,0 seg. - Dist.: 415 km
Vp (JAN7): 0,440 um/seg. - Mag.: 2,4 mR
Vp (BRA7): 0,126 um/seg. - Mag.: 2,8 mR
Magnitude Média: 2,6 mR
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1-2
- Terremoto - 01 de junho de 2010
- Epicentro: Mutuípe
Hora (JAN7): 06:58:47,25 (UTC);
Epicentro: Mutuípe (BA);
± 37 Km de Santo Antônio de Jesus (BA);
± 95 Km de Jequié (BA);
± 109 Km de Salvador (BA);
± 117 Km de Feira de Santana (BA);
Localização: Lat. -13,20°, Lat. -39,50° (Erro: ± 0,09°);
Magnitude: 3,2 mD.
Observação: A localização epicentral foi realizada baseando-se em informações macrossísmicas.
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Para conhecer a lista de todos os terremotos registrados na Bahia:
http://museugeologicodabahia.blogspot.com/2011/01/terremotos-anotados-na-bahia.html
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Falecimento - Jorge Eduardo Pereira Maron


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"CBPM lamenta morte do geólogo Jorge Maron"
Fonte: Companhia Baiana de Pesquisa Mineral - CBPM

"É com muita tristeza que a CBPM lamenta o falecimento do nosso querido Jorge Maron. Uma pessoa que chegou na empresa e cativou a todos com seu carisma, dedicação, profissionalismo e o jeito simples de ser. Um homem firme, corajoso, decidido e ao mesmo tempo extrovertido, que com sua humildade, dedicação e companheirismo deixou-nos uma marca indestrutível.
Mas o tempo é remédio e nele conquistamos o consolo, com ele pensamos nos bons momentos. E com um pouco mais de tempo, transformamos nosso Jorge Maron em um eterno companheiro. No fim, apenas a saudade e a certeza: não importa onde esteja, estará sempre conosco.
Nosso amigo Maron, esteja bem onde você estiver, eu sei que Deus neste momento te ampara
."
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Origem:
http://www.cbpm.com.br
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sábado, 29 de janeiro de 2011

"A história geológica de Abrolhos"


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Por Eduardo Geraque
Agência FAPESP
Em 4/9/2003
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"Em tempos de mudanças climáticas globais, entender a história evolutiva de determinada planície costeira da Terra pode gerar uma ferramenta ambiental essencial para o futuro. Ainda mais se ela contém populações humanas, recifes de corais e uma alta biodiversidade marinha.

Com base nesse pensamento, um grupo de cientistas brasileiros, liderado por Ana Andrade, do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus (BA), resolveu investigar o comportamento geológico da planície costeira de Caravelas, localizada no sul da Bahia, entre os rios Mucuri (ao sul) e Jequitinhonha (ao norte).

Os pesquisadores se detiveram no Período Quaternário, que, segundo a Escala do Tempo Geológico começou há 1,6 milhões de anos e dura até os dias atuais. O estudo Quaternary evolution of the Caravelas strandplain – Southern Bahia State – Brazil está publicado na edição corrente dos Anais da Academia Brasileira de Ciências, que pode ser consultado no endereço eletrônico http://www.scielo.br.

No caso específico do processo evolutivo de formação dos corais do sul da Bahia - Abrolhos, que está inserido na área de estudo, é considerado o maior e mais rico complexo coralino do Oceano Atlântico Sul –, quatro grandes fases evolutivas foram identificadas. O estudo coletou amostras de terrenos antigos no coral Coroa Vermelha, que fica próximo a Abrolhos.

O estabelecimento inicial dos corais no Sul da Bahia ocorreu há 7,7 mil anos. Naquele período, o nível do mar estava mais alto do que o atual. Os recifes de corais cresciam 1,5 milímetros por ano. A fase de grande crescimento das formações coralinas ocorreu quando o nível do mar regredia, mas ainda estava acima do que está hoje. Há 4,4 mil anos, aproximadamente, os corais baianos cresciam na ordem de 5,5 milímetros ao ano.

O terceiro estágio de evolução foi marcado por dois pontos de inflexão. O nível do mar se aproximou ao atual e os corais pararam de crescer na vertical. Junto com José Dominguez e Louis Martin, da Universidade Federal da Bahia, que também assinam o trabalho, Ana identificou um outro tipo de crescimento. Há 1,5 mil anos, aproximadamente, os corais do Nordeste do Brasil começaram a crescer para as laterais. Os testemunhos geológicos corroboram com bastante precisão esta informação. O trabalho atual parte de descobertas feitas pelos pesquisadores Zelinda Leão e Ruy Kikuchi, que também estudaram a geologia da região.

Prova de que o entendimento da geologia costeira de Caravelas é importante para os dias de hoje - e para o futuro - está no quarto estágio de evolução identificado pelos pesquisadores. Nos últimos 1,5 mil anos começaram a aparecer sinais de degradação dos corais, que se estendem até o presente. Não é difícil cruzar as linhas de evolução da geologia local com a da evolução humana, para entender uma das causas do problema."
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Texto extraído de:
http://www.abrolhos.net/noticias/historiageologica.php

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Fonte da Imagem:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Ilha_Redonda.jpg

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Personagens - Gélbio Melo Fagundes Rocha


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Texto extraído da "Moção de Pesar pelo falecimento do Geólogo Gélbio Melo Fagundes Rocha."
por Waldenor Pereira - Deputado Estadual

"Gélbio Melo Fagundes Rocha nasceu em Vitória da Conquista, na Bahia, em 7 de julho de 1952, sexto filho do casal Alcebíades Macedo Rocha e Dona Venuzina Fagundes Melo, casado há cerca de 30 anos com a Dra. Nancy Gama e Silva Rocha, Odontóloga da SESAB, tendo mais sete irmãos: Zirnaldo, Valter Rubens , Roberval (Vavá), Gilvan, Silvandro, Queila e Jean.

Formado em Geologia pelo Instituto de Geociências da UFBA, em 1978, Gelbio fez, logo a seguir, Mestrado em Geologia Econômica, e mais tarde concluiu matérias do Doutorado na UFBA. Trabalhou na Secretaria de Minas e Energia da Bahia e, posteriormente, na Superintendência de Geologia e Mineração, tendo realizados cursos no Exterior, através de parceria da SGM/Governo Canadense. No momento desenvolvia trabalhos como consultor na área de Geologia Ambiental em parceria com o Geólogo gaucho André Fornari.

Gélbio foi um ativista político-cultural de esquerda desde o curso secundário, em Conquista, no final dos anos 60. Em 1972, foi obrigado, por ameaça de expulsão do Colégio Normal Conquistense – vivíamos na Ditadura Militar, com toda sua intolerância para silênciar as vozes discordantes ao Regime de opressão - a se transferir para Salvador onde conclui o científico no tradicional Colégio da Bahia, o Central, maior espaço de formação educacional e política da juventude da época.

Foi um dos fundadores do CEUSC – Centro Estudantil e Cultural de Vitória da Conquista e da REC-Residência dos Estudantes de Vitória da Conquista, em Salvador, assim como do Jornalzinho o “CÁLICE”, que se consolidaram como espaços de representação do interior da Bahia, trincheiras de resistência e educação política contra o Regime Militar. Gélbio e demais lideranças da época acreditavam que para derrubar a Ditadura era preciso resistir e avançar, mesmo que o preço fosse alto.

Em 1973, período dos mais repressivos da Ditadura Militar, Gélbio ingressa no curso de Geologia da UFBA, juntamente com outros jovens de Conquista, entre eles Ubirajara Mota e Clóvis Ferraz. Sua participação na luta contra o governo dos militares se dá de imediato. Participa da Diretoria do Diretório Acadêmico, e é escolhido Representante dos Estudantes de Geologia no Colegiado do Curso junto a Reitoria. Articula, com outros colegas, o que viria a ser a maior Greve do Movimento Estudantil do Brasil, desde o final dos anos 60 quando, em 1975, o Curso de Geologia pára por melhores condições de ensino. Vieram outros cursos da UFBA e uma onda de paralisações se espalha pelo país. “Abaixa a Ditadura, Abaixo a Repressão, Pelas Liberdades Democrátricas”. O brado dos estudantes baianos ecoa de norte a sul. Ainda como estudante de Geologia, Gelbio participa da Campanha pela Anistia, Ampla, Geral e Irrestrita.

Líder nato, Gélbio Rocha simboliza para todos que o conheceram a luta dos estudantes, dos setores populares e da classe média esclarecida de Vitória da Conquista e da Bahia, na construção de um país mais igual, liberto e solidário. Gélbio será sempre um GUEREIRO DO BEM nas suas muitas vidas terrena ou espacial, onde a palavra e o gesto simples terão lugar para mostrar que será sempre possível um mundo mais singelo e essencial. Sua partida prematura abre um vazio que se expressa na face inconsolada dos seus amigos e familiares ou na poesia de Jean Cláudio, seu irmão:

"Deus, ou quem quer que seja, / Me parece, /Que está testando
Quantas lágrimas ainda restam em meus olhos. /Me parece,
Que está testando quantos corações restam em meu peito. / Me parece,
Que está testando quantas vidas tenho para jogar pela janela.
Deus, ou quem quer que seja, / Ainda acha que sou forte para retribuir sem os entes que foram. / Ele, ou quem quer que seja, / Não sabe que meus olhos são rasos
Que meu peito só tem um coração / E que minha vida não sabe seguir só.
Ele, ou quem quer que seja, / Deixou de me avisar que minha falha é sentir em demasia / De me cortar quando alguém se corta /De sangrar pela ferida do irmão
De afogar na seca do sertão vizinho. / Ele, ou quem quer que seja, /
Me deu a vida e a poesia. /E aí? / O que faço com estas limitações?
A água dos meus olhos é de poço raso. / As palavras...
Não sei até onde seguirão e quantas pingarão / no chão que ando e folheio.
Ele, ou quem quer que seja, / Não sabe do poço raso que tento manter molhando eternamente. / E por isso, me entregam mortos / e um monte de palavras que não enterram. - A poesia não enterra / A poesia apenas joga na superfície as faces -
Sou poeta! E aí? / Não sei seguir só / Não sei / Não / Não sei ser outra coisa
Adeus amigo
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Gélbio Melo Fagundes Rocha faleceu a 2 de novembro de 2006, deixando viúva Nancy e filho Romulo Rocha.

Extraído da "Moção de Pesar pelo falecimento do Geólogo Gélbio Melo Fagundes Rocha."
por Waldenor Pereira - Deputado Estadual
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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Personagens - Otto Gervasius Billian

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Otto Gervasius Billian nasceu em Zurich, Suiça, em 21 junho de 1893. Trilhando os passos de sua primeira profissão, em sua cidade natal fez o curso de Relojoaria.

Conheceu a baiana Lúcia Margarida Urpia Neeser. Logo casaram-se, em Zurich.
Otto e Lucy Billian

Veio para o Brasil em 1933, aos 40 anos. Seu sogro Carlos Neeser possuia uma empresa textil, trabalhando com seu filho Hans. Como Otto não falava português, Hans passou a ajudá-lo na sua primeira fase brasileira. Interessado por minerais, procurou comprar mapas e elaborar planos de viagem. Entretanto, não havia mapas adequados. A viagem foi feita de maneira quase que improvisada, buscando-se referências mais seguras.
Otto e Lucy Billian

Foi assim que, em 1935, acompanhado de Hans, realizou a primeira viagem pelo interior da Bahia. Seguiu por Cachoeira, São Félix, Itaetê, Mucugê, Palmeiras. Juazeiro. Levantou quantas informações pode sobre os bens minerais disponíveis e viáveis.
Passou efetivamente a se dedicar à exploração de minérios.
Otto Billian, no centro da foto, de terno, ao lado do acompanhante mais alto, em um atracadouro do Rio Paraguassu - do livro "Pequenas Histórias e Acontecimentos" de Oto Billian

A firma alemã Carl Zeiss, maior consumidora de cristal de rocha do mundo, havia descoberto um sistema de identificação para uso piezoelétrico desse bem mineral. Dela aproximando-se, com amostras apreciáveis de cristal-de-rocha, Otto conseguiu sua confiança, sendo treinado nesse conhecimento. Acabou, pela convergência de objetivos, fazendo-se representante da Carl Zeiss no Brasil. Por tal, em 1937, abriu a firma Empresa Bahiana de Mineraes Ltda.
Otto em Brotas de Macaúbas

Trouxe consigo tecnologia e moderno equipamento alemão para análise de cristal de rocha. Atuava caracterizando, selecionando e comprando cristais-de-rocha, que organizava e providenciava envio para a Alemanha.


Em 1939 passou a trabalhar autonomamente. Independente, descobriu e explorou muitas jazidas. A contemplação da produção baiana de Quartzo para os anos relacionados à II Guerra Mundial mostra uma elevação, a qual está totalmente relacionada à ação de Otto Billian.
Produção baiana de Quartzo.

Procurando sanear as relações entre mineradores e proprietários, quando Implantou sistema de indenização aos proprietários das terras exploradas.
Apontou rumo a avanços nas relações de trabalho. Criou um seguro global para o trabalho nas minas.
Difícil acesso ao interior baiano na década de 1940

Prestou consultoria às prefeituras do interior. Através desta ação, racionalizou e abriu estradas para os garimpos. Isto ampliou sua experiência sobre o tema a tal ponto que, como autor, publicou um livro sobre trânsito e veículos.
Implantou oficinas de lapidação.
Lupa de Otto Billian - Exposta no Museu Geológico da Bahia

Microscópio de Otto Billian - Exposto no Museu Geológico da Bahia

Dedicou-se à fabricação de lentes.
Em Mucugê, Andaraí, Lençóis e Palmeiras atuou na produção de diamantes.
Caminhão em viagem para Mucugê, levando Otto Billian e acompanhantes - Ainda não existiam ônibus para aquela cidade. - do livro "Pequenas Histórias e Acontecimentos" de Oto Billian

Implantou a mina de Manganês engenho Velho I, em Senhor do Bonfim. Esta, junto com as minas Engenho Velho II e Brejinhos constituíam uma única jazida.
Quarzto em Macaúbas.
Quatro acompanhantes de Otto Billian, sendo duas professoras, em viagem de caminhão para Mucugê, e o prefeito Octacílio Chaves. - do livro "Pequenas Histórias e Acontecimentos" de Oto Billian

Instalou usina de beneficiamento de sisal e promoveu a iluminação pública de Cumbe, atual Euclides da Cunha.
Em Salvador, integrou-se plenamente à localidade.



A partir de 1959, passou a dedicar-se exclusivamente à Chácara Suiça, terras da Fazenda Misericórdia, adqüiridas em 1940, junto à família Avena.

Projetou e construiu o Loteamento Parque Florestal, atualmente conhecido como Horto Florestal.

Este foi o primeiro loteamento urbanizado unidomiciliar planejado com rigor de preservação ambiental, especialmente da flora-fauna nativas. Como parte deste projeto, implantou um laboratório experimental para seleção de mudas. Dentro da mesma proposta, trabalhou por cinco anos, produzindo legumes e frutas.
Sala dedicada a Otto Billian, no Museu Geológico da Bahia.

Durante 50 anos, Otto reuniu uma coleção de mais de quatro mil peças, das quais destacam-se os cristais de quartzo, as pedras preciosas, os minerais e réplicas de diamantes famosos, além de livros, revistas e manuscritos que falam sobre o assunto.
Com a esposa teve duas filhas, Ania e Adelaide.
Documento mostrando Otto Billian idoso.

Faleceu aos 91 anos, em 1984, vitimado por um câncer.
sepultura no Cemitério Alemão, em Salvador, Bahia.

Atualmente, o primeiro condomínio da série de condomínios de alto padrão lançados pela Odebrecht no Horto Florestal, o "Chácara Suíça", ocupa um terreno de 17 mil m², da antiga mansão da família Billian. É composto por 2 torres de 20 andares cada, com 2 unidades de 220 m² privativos por andar. Os nomes das torres são Lucy e Otto Billian, numa homenagem aos antigos proprietários do terreno.
Torres Lucy e Otto Billian
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

"O antigo gigante baiano"

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"O antigo gigante baiano"
Encontrado no Brasil o fóssil do maior bicho-preguiça do mundo
Isto É: Ciência & Tecnologia
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Embrenhado em uma densa mata onde hoje está a Bahia, há 11 mil anos viveu um mamífero da ordem Xenarthra, ancestral do conhecido bicho-preguiça. Ele passava cerca de 14 horas dormindo, agarrado ao tronco de árvores, pesava aproximadamente 30 quilos e tinha três metros de comprimento - o triplo das dimensões do animal que existe hoje em nossas florestas. "Nos surpreendeu encontrar um fóssil tão raro e tão completo", diz o paleontólogo Castor Cartelli, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, responsável pela descoberta de parte da ossada em uma gruta no interior da Bahia. "Nenhum mamífero dessa espécie já identificado se compara a esse."

Através de 350 ossos, incluindo os ossículos do ouvido que medem um centímetro, Cartelli encontrou a estrutura do esqueleto praticamente com pleta de uma preguiça gigante, até então nunca estudada pelos pesquisadores. As análises indicam que a Xenarthra possuía garras longas através das quais se pendurava com o dorso para baixo. Segundo cientistas, apenas nos EUA, Caribe e Argentina foram encontrados ossos que se assemelham aos dessa espécie. Cartelli trabalha agora na montagem desse esqueleto para expô-lo no Museu de Ciências Naturais da Bahia com o objetivo de remontar o passado. Os fósseis indicam que o animal era jovem, devia ter entre cinco e seis anos porque as suas articulações estavam ainda começando a se unir. O pesquisador também quer descobrir como o bicho se movimentava e o parentesco com outras espécies. Pela cauda, será possível definir se era aquático.
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Transcrito da Fonte:
http://istoevip.terra.com.br/reportagens/1186_O+ANTIGO+GIGANTE+BAIANO
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