segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Terremotos baianos relatados por Theodoro Sampaio

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"Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)"
por Filipe Monteiro - Revista de História da Biblioteca Nacional.
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"Geógrafo e historiador, Teodoro Sampaio também é considerado um dos maiores engenheiros do século XIX. Filho da escrava Domingas da Paixão do Carmo, conseguiu estudar em bons colégios no Rio de Janeiro e São Paulo, sobretudo pela influência do pai, o sacerdote Manuel Fernandes Sampaio, que, além de comprar a alforria de Domingas, cuidou para que o filho tivesse uma boa educação.
Ingressou em 1871 na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde se formaria engenheiro civil. Durante os estudos universitários, foi convidado a trabalhar como desenhista no Museu Nacional. Formou-se em 1877 e dois anos depois já integrava a “Comissão Hidráulica”, criada por D. Pedro II para realizar estudos sobre os portos e a navegação no interior do país. Convidado para ser o engenheiro chefe da Comissão de Desobstrução do Rio São Francisco, deixa o cargo para trabalhar com o geólogo Orville Derby, nos trabalhos de levantamento geológico do Estado de São Paulo (1886). Entre 1892 e 1903 exerceu as funções de diretor e engenheiro-chefe do Saneamento do Estado de São Paulo e inspetor da empresa canadense The São Paulo Tramway Light and Power Company.
Como respeitado intelectual foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo em 1894; membro do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, que presidiu em 1922 e sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1902). Além dos trabalhos de cunho técnico, foi autor de trabalhos de geografia, escritos econômicos, sociológicos e, principalmente, históricos.
Entre seus livros e artigos estão: O rio São Francisco e a chapada Diamantina (1906), O tupi na geografia nacional (1901), Atlas dos Estados Unidos do Brasil (1908), Dicionário histórico, geográfico e etnográfico do Brasil (1922), História da Fundação da Cidade do Salvador, Os kraôs do Rio Preto no Estado da Bahia, com um vocabulário e uma carta etnográfica, e Contribuição para a história da catequese e civilização dos índios do Brasil."
Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=1470
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Terremotos anotados por Teodoro Sampaio:
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Terremotos em Santo Amaro, em 1917 e 1918:
- 22 de dezembro de 1917
- 12 de janeiro de 1918, às 8 horas
- 04 de março de 1918
- 22 de março de 1918, à 0 hora
- 22 de março de 1918, às 12 horas
- 27 de março de 1918
- 29 de março de 1918
- 14 de abril de 1918, às 4 horas
- 14 de abril de 1918, às 5 horas
- 19 de abril de 1918

3.2
- Terremoto – 07 de novembro de 1918
- Epicentro provável: Pojuca
- Sentido em Salvador
- Hora: 21 a 22 horas – Salvador
- estimado: 4,5 graus richter
- sentido em Salvador, Feira de Santana, Cachoeira, Amargosa, Curralinho, Nazaré, Valença, Alagoinhas, Serra Grande
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Evento 1911
- Baía de todos os Santos liberando gases na água. parecia efervecente.
- Registro de peixes saltando.
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- Salvador
- 1876
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- Terremotos em Salvador - 1919
- 09 de novembro de 1919 – sentido em tb em Nazaré
- 10 de novembro de 1919
- 13 de novembro de 1919 – Santo Amaro
- 19 de novembro de 1919
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- SAMPAIO, Theodoro. Salvador (Bahia): Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (r), p.210-222, junho de 1918.
- SAMPAIO, Theodoro. “Tremores de terra na Bahia, em 1919” Salvador (Bahia): Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (r), p.210-222, 1920.

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