quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Dinossauro? Apontando erros...

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Cumprindo meu papel de esclarecer, no possível, erros que possam afetar a interpretação, por leigos, por haver interrelação com material fóssil encontrado em solo baiano.
Em uma matéria sobre política, que foi publicada pela Revista "Veja", em 12 de maio de 1993, à página 22, apareceu uma figura com uma imagem do então prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, Cesar Maia, com a legenda:
"No Museu: cumprimentando dinossauro."
Como esse fóssil se trata de um ser que poderia ser encontrado em nossos terrenos, chamamos a atenção para o erro.
As preguiças terrícolas chegaram a ser seres muito grandes, algumas delas sendo denominadas, inclusive, Preguiças Gigantes. Foram seres mamíferos, com diferenciação mais clara, na América do Sul, há cerca de 25 milhões de ano. A existência das grandes preguiças terrícolas ocorreu até cerca de 10 mil anos atrás.
No Museu Nacional do Rio de Janeiro aparecem, com destaque, dois exemplares de dois gêneros de Preguiças Terrícolas. Um é um grande Eremotherium e outro é um Glossotherium.
O Glossotherium era uma grande preguiça, tendo sido encontrada, na Bahia, em vários sítios, destacando-se a Gruta dos Brejões, em Morro do Chapéu.
Bons exemplares também aparecem reconhecidos oriundos da Toca da Janela da Barra do Antonião, no Piauí, e Poço Redondo, em Sergipe, Gruta do Curupira, em Rosário do Oeste, Mato Grosso, na Caverna do Japonês, em Mato Grosso do Sul, no Cerro da Tapera e Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul. Tem distribuição que se estende também desde a Argentina, pelos Andes, até a porção central da América do Norte.
Pois o que o senhor Cesar Maia, à época, prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, fazia, não era "cumprimentar dinossauro", mas sim um representante da Megafauna Mamífera, uma preguiça terrícola, o Glossotherium.
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