domingo, 6 de dezembro de 2009

A Mineração do Níquel, em Itagibá.

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Foto Fonte: A Tarde
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A Bahia passou a contar com a maior mina de Níquel da América Latina, e o segundo maior produtor brasileiro, com capacidade para se tornar o maior produtor. Foi inaugurada a 04 de dezembro de 2009, no Município de Itagibá, a 377 km de Salvador, pelo Governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner.
Itagibá.
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A implantação e ativação da jazida pelo grupo Mirabela Mineração do Brasil gerou já mais de 3 mil empregos, somando-se, agora, com o funcionamento, mais 250 empregos.
Serão produzidas cerca de 4,6 milhões de toneladas de minério por ano, representando cerca de 150 mil toneladas de concentrado/ano, com teor de 13% de Níquel. (*1) O investimento até o início da produção foram R$ 900 milhões, o que permitirá um aumento de 30% na produção brasileira de níquel. (*2)
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Diretor-Geral do DNPM - Miguel Nery e o Governador da Bahia Jaques Wagner. Fonte: DNPM
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O destino já acertado de metade dessa produção é a distante Finlândia, com saída pelo porto de Ilhéus. A outra metade será absorvida pela empresa brasileira Votorantin, em suas unidades de Minas e Ceará.
O impacto econômico imediato será direto nos Municípios de Itagiba, Ipiaú, Ubatã, Gongoji, Jitaúna, Barra do Rocha e Ibirataia. Somente na infraestrutura, em Itagibá, a Mirabela investiu mais US$ 30 milhões na instalação de escritório e área de armazenamento em Ipiaú. (*1)
O corpo de minério tem extensão de cerca de 2 quilômetros, a uma profundidade aproximada de 500 metros, (*1) (*2) com reservas de cerca de 74 milhões de toneladas (*3) A vida útil da mina estava prevista para 20 anos, trabalhando-se somente com a mineração a céu aberto, mas com a sinalização de ampliação do conhecimento e expansão da produção, em mineração subterrânea, a 40 anos. (*1)(*2)(*4)
O presidente do Grupo Mirabela Mineração, Brian Hidy, declara que “em duas semanas, já estávamos produzindo 250 mil toneladas”, almejando ultrapassar a capacidade atual instalada de 4,6 milhões de toneladas por ano, para chegar a 6,4 milhões. (*2)
Os direitos minerários da mina são detidos pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM, à qual caberão 2,51% de royalties sobre a receita do concentrado de níquel, valor equivalente a R$ 15 milhões por ano. Com isso, a empresa se tornará auto-suficiente em investimento a partir de 2011. (*1)(*2)(*3)
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A Mina
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O presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM, Hari Alexandre Brust destacou o potencial e o crescimento da Mineração no Estado da Bahia. “Nossa próxima grande mina deve ser a de vanádio, em Maracás”. (*2) (*3) Este clima favorável ao crescimento da Mineração baiana é confirmado pelo diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, Miguel Nery, que contou 19,5% dos requerimentos de pesquisa do País neste ano. (*2) (*3)
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Diretor-Geral do DNPM - Miguel Nery, Geólogo da Mirabela - Paulo Oliva, Presidente da CBPM - Alexandre Brust, Diretor Técnico da CBPM - Rafael Avena, Chefe do 7ºDS/DNPM/BA - Teobaldo Rodrigues. Fonte: DNPM
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A expectativa do Grupo Mirabela Mineração do Brasil é da geração de cerca de R$ 600 milhões em receitas na venda do seu produto final. Esta mineração deverá render aos cofres do Estado da Bahia cerca de R$ 60 milhões em receitas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, além de R$ 5 milhões relacionados à Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM. (*2)(*5)
O Níquel é utilizado na composição do aço e em medicamentos

Fontes:
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(*1) http://www.jornaldamidia.com.br/noticias/2009/12/01/Bahia_Nacional/Bahia_tem_maior_mina_de_niquel_da.shtml
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(*2)http://www.atarde.com.br/economia/noticia.jsf?id=1301969
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(*3) http://www.comunicacao.ba.gov.br/noticias/2009/12/04/maior-mina-de-niquel-da-america-latina-entra-em-operacao
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(*4) www.souzaandrade.com.br/blog08/?cat=25
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(*5) http://www.dnpm.gov.br/conteudo.asp?IDSecao=99&IDPagina=72&IDNoticiaNoticia=422
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