quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Ordem ou Super-ordem Cingulata, na Bahia

Pertenceram à Megamastofauna, a Megafauna Mamífera, alguns seres relacionados como pertencentes à Ordem ou Superordem Cingulata. Alguns por certo estiveram na Bahia, outros provavelmente.
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Duas visões da situação da Ordem ou Super-ordem Cingulata.
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Pampatherium - Imagem trazida da publicação "História Geológica da Bahia", de Rubens Antonio.
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Os tatus atuais pertencem à família biológica Dasypodidæ, sendo o seu maior representante o Priodontes, que conhecemos por tatu canastra, que chega a 1,5 metro. Já os grandes tatus extintos pertenciam à família biológica Pampatheriidæ, que incluiu o Pampatherium, visto acima. Este media 1 metro no alto das costas e até 2,6 metros de comprimento, pesando até centenas de quilos. Outros gênero que provavelmente esteve em nossos terrenos foi Propraopus, com 0,9 metro no seu dorso e comprimento entre 1,2 e 1,5 metro.
Outro grande tatu, o Holmesina, com até 2 metros de comprimento, foi muito comum em regiões da América do Norte. Entretanto, mas pode ter chegado aos nossos terrenos, uma vez que há indicações de sua presença no Ceará, na Paraíba e no Rio Grande do Norte.
Como os tatus atuais, ambos possuiam carapaças flexíveis. Tinha capacidade para escavar, mas provavelmente o fazia apenas ocasionalmente. Entretanto, localmente, foram encontradas tocas provavelmente relacionadas a estes animais que resistiram mesmo depois de tanto tempo deles extintos.
Suas antigas tocas que foram entupidas por sedimentos posteriores são chamadas crotovinas.
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Imagem trazida da publicação "História Geológica da Bahia", de Rubens Antonio.
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O Doedicurus e o Glyptodon foram gêneros pertencentes à Família Glyptodontidæ. Dispunham de mosaicos de plaquetas ósseas de formato poligonizado, formando carapaças inflexíveis, o que os diferencia dos tatus, que possuem faixas que lhes conferem carapaças maleáveis. Possuíam caudas possantes, utilizadas em golpes,, sendo que o Doedicurus contava ainda com uma pesada maça com espinhos na sua extremidade. Este era o maior representante da família, chegando a entre 3,6 e 4,3 m de comprimento, dos quais 1,3 a 1,5 m para a cauda, 1,6 m de altura, pesando até 1,4 tonelada. O Glyptodon chegou a 3,0 a 4,0 m de comprimento, com 1,2 a 1,5 m de altura, pesando entre 1,0 e 1,4 tonelada. Outro gênero da mesma família, o Sclerocalyptus, era menor, com 1,5 a 2,0 m de comprimento, pesando até 250 kg. Outro representante desta família, que deve ter estado em nossos terrenos, foi o Panochthus, que chegava a 3,0 m de comprimento.
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Pachyarmatherium - Imagem trazida da publicação "História Geológica da Bahia", de Rubens Antonio.
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Além das famílias Pampatheriidæ, que englobava os grandes tatus extintos, e Glyptodontidæ, que agregava os seres com grandes cascos não flexíveis, um outro ser, o Pachyarmatherium, não se enquadra bem em nenhuma das duas, apesar de alguns autores vincularem-no à segunda. Provavelmente era apenas um aparentado próximo de ambos, sendo provável que tenha chegado aos nossos terrenos, com indicadores também da sua provável presença encontrados em outros estados do Nordeste.
O Pachyarmatherium, visto acima, em primeiro plano. tinha o corpo medindo um metro e meio de comprimento. Em vez de uma carapaça flexível, como a dos tatus, ou definitivamente rígida, como a dos gliptodontes, possuía-a dividida em dois grandes cascos unidos por uma única faixa flexível.
Apesar de estudos mais antigos indicarem que teria sido extinguido muito tempo atrás, estudos mais recentes indicam que pertenceu ao mesmo contexto da Megafauna mamífera extinguindo-se junto com a mesma.
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