terça-feira, 31 de maio de 2011

"A Bahia é um dos estados mais estudados geologicamente falando do Brasil"


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Entrevista com o Secretario de Indústria, Comércio e Mineração, James Silva Santos Correia.
James Silva Santos Correia, 52 anos, assumiu o cargo em agosto de 2009 e levou para a Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração uma vasta experiência e um currículo de peso. Foi gerente de operações da Regiao Metropolitana de Salvador da Coelba, por 10 anos. Criou o plano de racionamento alternativo a crise energética de 2001. Além disso, foi consultor na Área de Gas e Petróleo para diversas empresas do Setor. Engenheiro eletricista, formado pela Escola Politécnica da UFBA, especialista em planejamento de sistemas de potência (Ufmg), pós-graduado em estudos avançados sobre sistemas de potência, mestre e doutor na mesma área, pela Escola Politécnica da USPR sendo condecorado com a medalha comemorativa dos 110 anos desta escola, na modalidade empreendedorismo. Foi coordenador do mestrado em energia da UNIFACS. Confira a entrevista concedida ao repórter carlos vianna júnior.
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O senhor responde pela carteira de Indústria, Comércio e Mineração. Como é gerir uma Secretaria com três âmbitos de fronteiras tão definidos?
Todos eles, de uma forma ou de outra, se interrelacionam. Não há Indústria sem Comércio nem Comércio sem Indústria. A Mineração, que é uma atividade industrial, também tem o seu componente comercial. Embora tenham pautas e reivindicações distintas, todos eles integram a cadeia produtiva da Economia Baiana. Salvador nasceu como um dos principais entrepostos comerciais do mundo. Nossa indústria é pioneira, com a cana-de-açúcar, assim como também é a nossa Mineração, com o garimpo extrativista na Chapada Diamantina. Estão na formação histórica da Economia Baiana essas três vertentes.
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Qual é o papel da mineração na economia baiana hoje?
A Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) apresentou um desempenho recorde de RS 1,7 bilhão em 2010, evoluindo constantemente desde 2007, quando cravou R$ 850 milhões, A produção mineral de bers em bruto, sem beneficiamento, representou 1,2% do PIB baiano em 2010.
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Quais os destaques da Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC)?
Levando-se em conta as substâncias minerais produzidas, as cinco principaiscommoditiesextraídas na Bahia - cobre, ouro, níquel, cromo e magnesita são responsáveis por mais de 75% da PMBC. Em 2010, os principais destaques na PMBC foram a produção de níquel, brita e a retomada na produção de rochas ornamentais. O níquel teve sua exploração iniciada em janeiro e já se posiciona como o terceiro bem mineral em comercialização no ranking de produção baiano. A comercialização de pedra britada aparece, demonstrando o bom momento da construção civil pelo qual passa o País e em especial o Estado da Bahia. As rochas ornamentais, que retomaram produção não só para atender ao mercado externo que começa reagir à crise internacional, bem como ao mercado nacional que, em 2010, mostrou-se muito receptivo.
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Qual é a descoberta mais auspiciosa feita durante sua gestão até o presente momento?
0 nosso maior trunfo foi a entrada em produção da mina de níquel de Itagibá (Mirabela), considerada a maior descoberta de níquel a céu aberto do mundo, nos últimos 10 anos.
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Desde 2007, a Bahia lidera as solicitações para pesquisas em mineração, segundo o site da CBPM. O que significa isso?
De 2007 a 2009, a Bahia liderou os requerimentos de pesquisa no País, atrás de Minas, que reassumiu a primeira posição em 2010. A Bahia, por ser um dos estados mais bem conhecidos em termos de geologia e por possuir ambientes favoráveis à existência de minerais, principalmente metálicos, passou a ser alvo de empresas mineradoras e de especuladores, quando houve este aumento na procura por minerais em todo o mundo
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Quem faz estas solicitações?
Qualquer brasileiro ou empresa com capital nacional pode requerer áreas no País para pesquisa e lavra independentemente da autorização prévia do proprietário da terra. Apenas no caso do Regime de Registro de Licença há a necessidade da autorização do dono do solo e da prefeitura municipal.
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Já se sabe que o Estado possui formações geológicas favoráveis a depósitos e jazidas de commodities minerais muito valorizadas internacionalmente, o que pode transformar a Bahia em um grande polo siderúrgico. 0 que falta para isso acontecer?
Os governos estadual e federal estão trabalhando para dotar o Estado de infraestrutura, São investimentos em rodovias, energia limpa, obras do PAC como a Ferrovia Oeste-Leste, o Complexo Porto Sul, as obras de ampliação e requalificação do porto de Aratu, além de incentivos fiscais concedidos pelo governo às empresas que pretendem se instalar no Estado. Esses projetos estrutura ntes que estão em andamento irão resolver questões como a logística de entrada de matérias-primas e o escoamento da produção. Esses fatores equacionados às questões voltadas ao meio ambiente tornam a Bahia um ambiente propício à atração de novas siderúrgicas.
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Quanto por cento do minério extraído tem sua transformação feita no próprio Estado?
Esse número ainda não foi apurado. Porém, pode-se afirmar que a Bahia é um produtor de minerais em bruto e semi-manufaturados. Para mudar, o
Estado tem feito investimentos em infraestrutura,em logísticae vem atraindo empresas que industrializam e beneficiam aqui as matérias-primas. Não queremos ser somente um Estado que exporta commodities.

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De que forma a CBPM faz o trabalho de atração da iniciativa privada?
A CBPM é uma descentralizada, uma empresa pública ligada diretamente à SICM e tem grande importância, pois é o braço executivo da política mineral do Estadoe através dela é que a Bahia é hoje um dos estados mais estudados geologicamente falando do Brasil. A CBPM, por ser uma empresa de desenvolvimento mineral, pesquisa todo o território baiano e quando viabiliza uma área promissora abre licitação pública, visando atrair empresas privadas para serem parceiras na avaliação e exploração, se for o caso, dos depósitos descobertos. Para tanto, apresenta como atrativo o seu imenso acervo de dados e os trabalhos iniciais de pesquisa, bem como os levantamentos geológicos e aerogeofísicos, que são os trabalhos de maior risco numa pesquisa mineral.
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Quantas oportunidades foram negociadas em 2010? E para 2011?
Em 2010, foram licitadas seis oportunidades minerais. Como nesse início de ano já abrimos três Iicitações e como o mercado está bastante promissor, acredito queteremos um número bem perto de 2005, quando foram licitadas cerca de 15 oportunidades minerais.
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A crise financeira mundial afetou a produção baiana de minerais?
Muito pouco. O efeito da crise se deu principalmente nas exportações, especialmente de rochas ornamentais. Embora a pauta de exportações baianas seja diversificada, por seu valor, o ouro, com 65%, e outros metais preciosos, com 24%, acabam por ser responsáveis pela maior partedo valor exportado.
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Que outras mudanças no mercado mundial nos últimos anos repercutiram na produção baiana de minerais?
A despeito da crise econômica mundial, a forte demanda global por bens minerais impulsionou ações empreendedoras objetivando descobertas de novas jazidas, observando-se um significativo aumento no fluxo de investimentos mundiais destinados à exploração mineral no Brasil. É importante registrar que nesse novo ciclo de demandas pelos metais destaca-se a performance do Brasil no comércio exterior de minério de ferro, cujas exportações totalizaram US$ 28 bilhões, em 2010. A China ocupou o primeiro lugar na lista de compradores dessa commodety (43%), sendo seguida pelo Japão (12%), Alemanha (7%) e Coréia do Sul (4%). Houve uma recuperação gradativa na demanda das principais commodities m inerais, cujos preçosfora m amplamente influenciados pela relação entre euro e dólar e especialmente pela confiança dos investidores. Salientando que a confiança dos investidores, que é um forte indicador da recuperação das commodities no mercado,foi positivaem 2010, registrando um aumento significativo nos investimentos em expansões e em novos projetos de mineração. Em consonância com esse cenário internacional e tendências apresentadas pelo setor mineral nacional, o Estado da Bahia apresentou em 2010 um bom resultado na sua produção mineral que foi de R$ 1,7 bilhão (excluindo petróleo e gás), a exemplo do início da exploracão de níquel e bentonita, além da retomada da extração e exportação de rochas ornamentais.Para os próximos três anos há uma grande expectativa de aumento na PMBC em conseqüência da ampliação da extração de ouro e início da exploração de jazidas de ferro, vanádio, gipsita e outros minerais. Essa expectativa respalda-se na existência de oito projetos de mineração em estágio de implantação e que totalizam investimentos da ordem de R$ 11,6 bilhões.
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Fonte: Jornal "A Tarde"
Em:
http://www.sicm.ba.gov.br/Noticia/27946/A-Bahia-e-um-dos-estados-mais-estudados-geologicamente-falando-do-Brasil-.aspx
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sábado, 14 de maio de 2011

Ossos pré-históricos em Itiúba



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"PRÉ-HISTÓRIA - Ossadas que dizem ser de animais gigantes atraem curiosos Adilson Fonsêca O agricultor Manoel Marques Barbosa, 28 anos, exibe, como uma espécie de troféu, duas ossadas de um animal, que ele diz ter sido de um dinossauro. As ossadas foram encontradas no topo da Serra de Cajazeiras, uma elevação ao norte do município, com cerca de 600 metros de altura, a 19 km da cidade de Itiúba (378 km de Salvador), e estão espalhadas em um platô rochoso, de difícil acesso. O que o agricultor Manoel guarda como uma relíquia na sua casa, na entrada do povoado de Ponta Baixo, tem atraído a curiosidade de muitos outros moradores. Segundo afirmam, desde o ano passado têm sido encontrados vestígios de ossadas que parecem ter sido de grandes animais, não só na Serra de Cajazeiras, mas também na Serra do Souza, esta mais próxima da cidade. “Não se assemelha a qualquer animal conhecido”, diz, mostrando um grande pedaço de osso achatado, calcificado, encontrado em meio a diversos outros pedaços espalhados no topo da serra. Na Serra do Souza, boa parte das ossadas acabou servindo de alicerce de uma cerca de pedra, construída para represar água de um tanque, onde o gado costuma beber. No ano passado, o microempresário paulista Ciro Roberto Batista, em visita ao município, colheu algumas amostras e as levou para São Paulo. Outras ossadas teriam sido levadas por viajantes para Juazeiro e mesmo trazidas para Salvador. Riqueza dos achados As buscas das primeiras ossadas nas serras que cercam a cidade de Itiúba começaram em 1950, quando lavradores estavam cavando um poço de mais de sete metros de profundidade, na Serra da Pindoba. Lá, encontraram grandes pedaços de ossos do que teria sido um animal de grande porte. Segundo conta o funcionário aposentado do IBGE, Robério Pinto Azeredo, 84 anos, no local também foi descoberta uma gruta com mais de 10 metros de profundidade. A região era habitada pelas tribos dos índios Pataxó e Kariacás. Em 1979, segundo explica Robério, algumas amostras das ossadas foram entregues a pesquisadores da Universidade Federal da Bahia. “Infelizmente, mesmo dizendo que iriam analisar os achados, não obtivemos mais respostas e a partir de então as pessoas começaram a levar os ossos para vários lugares”, disse. O ex-funcionário do IBGE é autor de dois livros – Histórias de Itiúba e do Padre Severo, e História, Geografia e Riquezas Naturais de Itiúba –, que falam da fundação do município e da sua topografia, com solos e formação rochosa ricos em cloreto de sódio."
Transcrição de artigo publicado no jornal "A Tarde" de 04/04/2003
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Trazido de:
http://www.itiubadomeutempo.kit.net/itiuba_fotos/pag.075.html
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